Umberto D.
Vittorino de Sica
Umberto D.
de Vittorino de Sica
1952 | Itália | M12 | 1h29
Era o filme preferido de De Sica, Bazin considerou-o um dos maiores da história do cinema, Chaplin chorou ao vê-lo. Buñuel escreveu que “era um dos melhores filmes que o neo-realismo produzira”. O novo governo democrata-cristão italiano manobrou para que não saísse vitorioso do festival de Cannes, e um jovem Giulio Andreotti escreveu um artigo inflamado contra o neo-realismo e acusava De Sica de dar “uma má imagem do país”, ao que o realizador retorquiu que “contava a realidade”.
Umberto D. é um velho solitário e o apelido é amputado para tornar universal um problema com que se debatia na altura a Itália: o dos reformados que viviam na indigência com as pensões de miséria que recebiam. Contra a pretensão dos produtores, o realizador foi de novo buscar rostos novos e desconhecidos: um professor para interpretar Umberto D., e uma rapariga que encontrou na província e que acompanhara uma amiga ao casting para interpretar a criada da pensão onde aquele vive. Há paralelismos evidentes com Ladrões de Bicicletas neste retrato íntimo de um homem só, que tem apenas um cão por companhia e luta para sobreviver e manter a sua dignidade, onde Zavattini, que desta vez escreveu sozinho o argumento, atinge a máxima expressão da sua busca poética.
com Carlo Battisti, Maria Pia Casilio e Lina Gennari
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